Os conselhos consultivos, juntamente com os de administração, são importantes para garantir a sustentabilidade e perenidade das empresas. Esse é o ponto de vista de 76% dos entrevistados (entre CEOs, sócios e conselheiros independentes do Brasil) em uma pesquisa da Fundação Dom Cabral em parceria com a NEO Executive Search.
Como o próprio nome diz, os conselhos consultivos são aqueles que oferecem orientações estratégicas para um negócio, sem ter o poder de decisão formal. Trazer insights, pontos de vista diferentes e conhecimentos especializados é uma de suas funções.
Além disso, atuam identificando tendências emergentes e oportunidades estratégicas, ajudando as empresas a antecipar mudanças no comportamento do consumidor, avanços tecnológicos e novas regulamentações.
“O papel do conselheiro não é apenas orientar empresas no presente, mas prepará-las para os desafios do futuro. O grande diferencial está no uso das tendências como ferramentas estratégicas para moldar negócios que não apenas sobrevivam, mas prosperem em contextos em constante mudança”, afirma Marcelo Veras.
Ele é associado emérito da Conselheiros TrendsInnovation e professor de Planejamento de Carreira, Estratégia e Governança na Inova Business School.
Nesse contexto, explica o especialista, o conselho consultivo pode desempenhar um papel fundamental, buscando garantir que a organização não apenas acompanhe o ritmo das transformações, mas também lidere a inovação em seu setor.
Apesar da importância desse papel, muitas empresas ainda resistem à mudança, presas a modelos tradicionais de planejamento estratégico, como pontua André Veloso, diretor de Comunicação da Conselheiros TrendsInnovation e executivo com mais de 30 anos de experiência em marketing, transformação corporativa e digital.
“Embora o discurso seja de apoio à inovação, o ambiente de negócios em muitas empresas não reconhece o risco como parte do processo de transformação”, diz Veloso. Essa resistência, segundo ele, reflete o medo da mudança e a tendência de repetir planos e estratégias de anos anteriores sem adaptação ao novo contexto.
Como o conselho pode identificar tendências e oportunidades
Para que o conselho possa atuar como um radar estratégico e garantir que a empresa não fique presa ao passado, algumas práticas são fundamentais, afirma Veloso. “A identificação de tendências emergentes não é um processo intuitivo ou isolado. Ela exige metodologia, conexão com o ecossistema de inovação e uma postura ativa dos conselheiros”, acrescenta.
O monitoramento contínuo do mercado é uma das práticas que devem ser seguidas, na visão de Veloso. Isso envolve: acompanhamento de relatórios setoriais e pesquisas de mercado, participação em eventos de inovação e congressos internacionais e monitoramento de startups e modelos de negócios disruptivos.
“Empresas que mantêm contato ativo com hubs de inovação, universidades, think tanks e venture capital conseguem antecipar transformações antes que se tornem massivas. Conselheiros podem facilitar essas conexões e incentivar parcerias estratégicas”, explica Veloso.
Outro ponto que não pode ser esquecido é a diversidade de perfis em um conselho e na empresa como um todo, diz o especialista. Em sua visão, não se trata apenas de uma pauta ESG (Environment, Social e Governance), mas também de uma alavanca para decisões mais completas e inovadoras.
Isso porque equipes compostas por profissionais de diferentes modelos mentais, setores, idades e formações ampliam a capacidade de enxergar tendências que poderiam passar despercebidas.
O conselho deve incentivar também a cultura de experimentação, já que a inovação, muitas vezes, nasce de testes e validações rápidas, afirma Veloso. “É importante adotar projetos-piloto para testar novas ideias antes de uma implementação completa, além de métodos ágeis e design thinking para explorar oportunidades emergentes”, diz.
Conselhos estratégicos praticam ainda foresight, ou seja, analisam cenários de longo prazo e ajudam a empresa a equilibrar eficiência operacional no presente com inovação para o futuro. Deve-se garantir que os insights capturados resultem em ações concretas como investimentos em novas tecnologias, reposicionamento de marca e expansão para novos mercados com base em dados.
“Em um mundo volátil e de rápidas transformações, o conselho consultivo deve ser um agente ativo na construção do futuro da empresa. Para que isso ocorra, é preciso que ele incentive um ambiente de experimentação e aprendizado contínuo, garantindo que a empresa não apenas acompanhe as mudanças, mas as lidere”, resume Veloso.
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