Service desk é um termo que pode ser traduzido como “balcão de atendimento” e nomeia uma central de suporte voltada a questões de Tecnologia da Informação (TI), que atende usuários em ambientes corporativos — como colaboradores, parceiros e clientes.
A estrutura funciona como ponto único de entrada para todas as solicitações e incidentes, ou seja, é responsável tanto por resolver falhas quanto por atender pedidos, orientar usuários e apoiar a gestão dos serviços de TI na empresa.
William Douglas da Silva Faria, engenheiro de computação e especialista em gestão de service desk e liderança em TI, aponta que o uso de dados e análise de desempenho pode elevar a eficiência do atendimento, reduzir o tempo de resolução de tickets e aumentar a satisfação dos usuários, conforme demonstrou em estudo.
“As melhorias no Service Desk impactaram os resultados da área de TI e da empresa ao eliminar gargalos e otimizar o atendimento. Isso aumentou a agilidade do suporte e fortaleceu a imagem da TI como área estratégica para o negócio”, conta o especialista.
O mercado brasileiro de TI cresceu 13,9% em 2024 e concentra 34,7% dos investimentos no setor na América Latina, segundo dados divulgados pelo portal Itforum. Os investimentos, que alcançaram US$ 58,6 bilhões, são destinados à inteligência artificial (IA), digitalização empresarial, modernização de infraestruturas de nuvem e segurança cibernética.
Reestruturação baseada em análise de desempenho
O estudo desenvolvido pelo engenheiro de computação teve como foco a otimização dos processos do service desk, com o objetivo de aumentar a agilidade e a qualidade no atendimento a chamados de baixa complexidade e alta urgência, elevar a satisfação do cliente interno e consolidar a área de TI como um setor estratégico para a empresa.
“A análise mostrou que mesmo tickets resolvidos rapidamente permaneciam abertos por horas devido a agendamentos e indisponibilidade de analistas. Isso comprometia o cumprimento dos prazos definidos e gerava insatisfação para o cliente externo, e evidenciou a necessidade de reorganizar a estrutura com fluxos mais ágeis e eliminação de barreiras”, explica o especialista.
Segundo Faria, a estrutura Quick Desk, dedicada a atender imediatamente chamados urgentes e de baixa complexidade, foi criada para evitar filas e esperas e permitiu que os chamados fossem resolvidos em tempo real, contribuindo para a melhora dos indicadores de desempenho do service desk.
“Com a criação do Quick Desk e a reorganização dos processos, o tempo médio em que os tickets permaneciam abertos caiu de entre 415 e 487 minutos para 47 minutos em média. Além disso, o tempo médio de primeira resposta ao chamado para o cliente externo que era em média entre 9 e 21 minutos, após a otimização da estrutura, caiu para 1 minuto e 20 segundos em média. Um ganho médio de 857,5%, detalha o profissional.
O especialista utilizou relatórios gerados pela ferramenta oficial de gestão de chamados da empresa, além de entrevistas com a equipe de TI e opinião do cliente externo, análise dos acordos de nível de serviço (SLAs, sigla correspondente ao termo em inglês Service Level Agreement) — que são contratos internos que definem prazos e padrões para o atendimento das demandas — e feedbacks dos usuários para levantar indicadores e métricas relevantes.
“Foram priorizados indicadores-chave de desempenho (KPIs), como tempo médio de resolução (MTTR), taxa de retrabalho, resolução no primeiro contato, satisfação dos usuários (CSAT) e custo médio por chamado. Após a implementação das melhorias, a redução do MTTR, a diminuição do retrabalho e o aumento significativo da satisfação dos clientes externos foram resultados comprovados”, revela Faria.
Para o profissional, os resultados evidenciam que, mesmo sem grandes investimentos em tecnologia avançada ou equipes adicionais, a reorganização do fluxo de trabalho, apoiada por automação básica e análise de indicadores, pode transformar o desempenho do service desk.
“O estudo mostra que soluções práticas e bem direcionadas podem gerar ganhos mensuráveis, melhorar a experiência do cliente interno e posicionar o suporte técnico como uma área estratégica para o negócio”, destaca o especialista.
Práticas para otimização do suporte técnico
Faria pontua que a integração futura de soluções com IA, como chatbots e sistemas de triagem inteligente, representa uma evolução natural do Quick Desk. Para ele, a automação e a IA têm potencial para reduzir ainda mais os tempos de atendimento, aumentar a disponibilidade da equipe para casos complexos e ampliar a escalabilidade do service desk.
“Esses recursos podem oferecer suporte inicial ao cliente, resolver demandas simples sem intervenção humana e gerar análises preditivas a partir dos dados históricos”, aponta o engenheiro de computação.
Para otimizar o suporte técnico em TI nas organizações, o profissional orienta basear as decisões em dados reais, como tempo de resposta, tempo em aberto, volume e tipo de tickets, extraídos da ferramenta de gestão de chamados, que permitem identificar gargalos e direcionar melhorias de forma objetiva.
A criação de estruturas ágeis de atendimento, como o Quick Desk, que evita a formação de filas e agendamentos, e a automação do encaminhamento e classificação de tickets, padronização de fluxos de atendimento e SLAs também são apontadas pelo especialista como medidas eficientes.
Além disso, Faria ressalta a importância de adotar uma cultura de melhoria contínua, sustentada pelo monitoramento periódico de indicadores e pela abertura a ajustes estruturais e tecnológicos para garantir a evolução do suporte conforme as necessidades do negócio.
“O foco deve estar na experiência do cliente interno, que é impactada diretamente pela redução do tempo de primeira resposta e do tempo em aberto dos chamados. Para isso, é essencial considerar também inovações futuras, como a integração de IA e chatbots, que ajudam a reduzir retrabalhos e garantem a disponibilidade da equipe para chamados críticos”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: linkedin.com/in/william-faria-47a604150/
Tecnologia Realme lança seu primeiro celular produzido no Brasil, o C75 5G. Veja preço e ficha técnica
Tecnologia Integração de áreas impulsiona gestão em serviços
Bahia Instituto de Identificação Pedro Mello comemorou 115 anos acompanhando avanços tecnológicos
Tecnologia Startups de inteligência artificial ganham espaço no mercado
Tecnologia Bayer LATAM reduz custos com automação em 1 milhão de EUR
Tecnologia Faculdade Focus facilita nova graduação para professores Mín. 20° Máx. 34°
Mín. 20° Máx. 35°
Tempo nubladoMín. 20° Máx. 31°
Chuvas esparsas