Segundo o relatório Scamscope 2024, elaborado pela ACI Worldwide em parceria com a GlobalData e divulgado pelo Business Wire, o Brasil projeta o maior crescimento em fraudes de pagamentos em tempo real no mundo. As perdas com golpes envolvendo o Pix podem chegar a R$ 11 bilhões até 2028. Entre os seis principais mercados analisados — Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Austrália e Emirados Árabes Unidos —, o país lidera em projeções de crescimento das fraudes. Os dados evidenciam o aumento da sofisticação e da frequência desses crimes, especialmente no contexto de pagamentos digitais.
Diante desse cenário, instituições financeiras têm acelerado a adoção de tecnologias avançadas para conter ameaças cada vez mais dinâmicas. De acordo com o relatório Cybersecurity and Financial System Resilience, do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, soluções baseadas em inteligência artificial (IA) estão se tornando ferramentas fundamentais no enfrentamento a fraudes. A capacidade de processar grandes volumes de dados em tempo real e identificar padrões incomuns com rapidez permite às instituições reagirem de forma proativa a tentativas de violação.
Para Pablo Almeida, tecnólogo em Desenvolvimento de Software com pós-graduação em Machine Learning e especialização prática em segurança da informação, a IA transformou o modo como o setor financeiro lida com riscos cibernéticos.
“A inteligência artificial aplicada à segurança da informação permite que algoritmos analisem centenas de milhares de eventos em frações de segundo, detectando comportamentos anômalos antes que se consolidem em fraudes. Isso é vital para setores com alto volume transacional, como o financeiro”, afirma.
Ainda segundo Almeida, o uso da IA vem sendo integrado a rotinas de DevSecOps, pipelines de CI/CD e arquiteturas cloud-native, potencializando o monitoramento de vulnerabilidades e a resposta a incidentes.
“As instituições que combinam práticas de desenvolvimento seguro com inteligência artificial conseguem não só prevenir ataques, mas transformar a segurança em um diferencial competitivo, integrando inovação com resiliência operacional”, completa o especialista.
Para o profissional, entre as aplicações mais relevantes da IA no setor bancário estão a análise comportamental de usuários, a detecção de transações atípicas, o cruzamento inteligente de dados com bases externas e o bloqueio automático de atividades classificadas como de alto risco. Esses sistemas também são continuamente treinados com dados históricos e cenários simulados, o que aumenta sua precisão e capacidade de antecipação.
O relatório do Tesouro norte-americano reforça, no entanto, que o uso de tecnologias tão potentes exige equilíbrio entre eficiência e governança. Mecanismos de auditoria, transparência e responsabilidade devem ser considerados, principalmente em decisões automatizadas que afetam diretamente clientes e operações financeiras.
“Com o avanço das ameaças digitais e a crescente digitalização dos serviços financeiros, a integração entre inteligência artificial, segurança cibernética e infraestrutura em nuvem deixou de ser uma inovação opcional — tornou-se uma exigência estratégica para proteger sistemas, preservar a confiança dos usuários e garantir a continuidade dos negócios”, conclui Pablo.
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