O ecossistema de startups no Brasil está em constante expansão, mas os desafios para empreendedores, como acesso a investimentos, validação de modelos de negócio e escalabilidade, ainda são significativos. Segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), mais da metade (65%) das startups brasileiras não receberam investimentos em 2024, evidenciando a necessidade de suporte estratégico.
Entre as 34,9% que já conseguiram aportes, 39,8% conseguiram recursos com investidores anjo, enquanto 13,9% foram beneficiadas por meio de programas de aceleração, 10,2% por Family, Friends and Fools e 7,3% por fomento público. O Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups 2024, conduzido em parceria com a Deloitte, mapeou 3.005 startups, de 370 cidades do país.
Nesse cenário, as comunidades de startups surgem como um pilar essencial, oferecendo networking, capacitação e troca de experiências para impulsionar negócios emergentes, como destaca Isadora Martins, Community Manager da Brasil Startups.
Para Martins, o ambiente colaborativo das comunidades facilita a jornada empreendedora: “Quando um fundador tem espaço para trocar experiências, receber mentorias ou encontrar parceiros estratégicos, a jornada empreendedora pode ser mais leve. Isso porque estar em uma comunidade conecta empreendedores com pessoas que já passaram por desafios semelhantes, dá acesso a networking e, consequentemente, às oportunidades, o que acelera o processo de crescimento”.
Além disso, para Martins, a troca de vivências reduz erros e otimiza tempo. “Quando um empreendedor troca experiências com outros fundadores, ele aprende com os erros e acertos de quem já percorreu esse caminho. Isso evita retrabalho, economiza tempo e até dinheiro. É aquele famoso ‘aprender com os erros dos outros’”, exemplifica.
Startups enfrentam dificuldade de acesso a investimentos e oportunidades
Na visão de Martins, um dos maiores obstáculos para startups é captar recursos. Diante disso, para ela, comunidades podem ser “pontes” para investidores: “Conseguir investimento não é uma tarefa fácil. Inclusive, muitas startups ainda passam pelo desafio de estruturar um pitch convincente ou entender se já está no momento de buscar capital”.
Segundo a Community Manager da Brasil Startups, estar em uma comunidade pode auxiliar bastante nesse processo. “O fundador pode se conectar com investidores, participar de capacitações (por exemplo, em estruturação de pitch) e ainda conhecer outras startups que já passaram por desafios semelhantes”.
Inovação através da colaboração
Para Martins, a cultura de “fazer pelos outros” é um dos pilares mais fortes no universo das comunidades. “A inovação acontece quando ideias se encontram. Em uma comunidade, startups compartilham desafios e encontram soluções juntas”.
A especialista observa que, muitas vezes, parcerias inesperadas surgem e dão origem a novas soluções que talvez nunca tivessem surgido de forma isolada.
Como as startups podem contribuir?
A especialista reforça que a colaboração deve ser mútua. “Comunidades não são uma via de mão única. Além de buscar apoio, startups podem contribuir de várias formas: compartilhando aprendizados, e participando de eventos, por exemplo”.
Ademais, prossegue, startups podem ajudar umas às outras com mentorias ou até abrindo oportunidades dentro do próprio negócio. “Quando cada membro se envolve ativamente, a comunidade se fortalece e todo mundo ganha”, articula.
Juntos, o ecossistema cresce mais
A Community Manager da Brasil Startups chama a atenção para a importância da união entre empreendedores: “A verdade é que ninguém cresce sozinho. Estar cercado por pessoas que entendem seus desafios faz toda a diferença na trajetória empreendedora”.
A título de exemplo, ela ressalta que, para a Brasil Startups, o foco é justamente esse: criar conexões que geram valor real para os empreendedores.
“Para o fundador de uma startup”, acrescenta, “participar de comunidades pode ser o diferencial para acelerar o negócio. Seja para aprender, conectar ou contribuir, o ecossistema empreendedor só tem a ganhar com a cultura da colaboração”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: http://www.brasilstartups.org
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