A China anunciou nesta terça-feira (9) que irá dobrar as tarifas adicionais sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos, elevando o percentual de 34% para 84%. A medida, válida a partir da próxima quinta-feira (10), foi divulgada em comunicado oficial do Ministério das Finanças chinês, como resposta imediata à recente decisão do governo norte-americano de aumentar para 104% as tarifas sobre produtos chineses.
Segundo o documento, a decisão foi tomada pelo Comitê de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado e ocorre como uma resposta direta à medida anunciada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente elevou para 104% as tarifas aplicadas às importações oriundas da China. A autoridade chinesa classificou a iniciativa norte-americana como “um erro sobre outro erro”, denunciando que a decisão representa uma grave violação dos direitos legítimos da China e um duro golpe ao sistema multilateral de comércio baseado em regras.
“A escalada tarifária dos Estados Unidos é um erro sobre outro erro, que infringe seriamente os direitos legítimos da China e prejudica gravemente o sistema multilateral de comércio baseado em regras”, diz o comunicado assinado pelo Comitê de Tarifas Aduaneiras.
A nota ressalta que a medida chinesa está amparada em diversas legislações nacionais, como a Lei de Tarifas, a Lei Aduaneira e a Lei de Comércio Exterior da República Popular da China, além de se basear nos princípios fundamentais do direito internacional. O texto também informa que os demais aspectos do comunicado anterior, o “Anúncio nº 4 de 2025”, permanecem em vigor, sendo alterado apenas o percentual da tarifa adicional.
Com a nova taxação, todas as mercadorias de origem norte-americana que ingressarem no território chinês estarão sujeitas à alíquota elevada, o que pode afetar desde produtos agrícolas e industriais até itens de tecnologia. A medida amplia a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo, em um cenário que já vinha se deteriorando com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025.
A decisão marca um novo capítulo na disputa comercial sino-americana, que havia tido momentos de trégua nos últimos anos, mas voltou a se intensificar com as recentes ações do governo Trump. A expectativa agora é sobre o impacto da retaliação nos mercados internacionais e nos setores produtivos de ambos os países.
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