Sábado, 30 de Agosto de 2025
Bahia Educação

2º encontro do “Nós por Nós: Projeto de Incentivo à Produção Literária do Campo, Indígena e Quilombola no Estado da Bahia

O ator, diretor e escritor, Lázaro Ramos, autor do livro “Na minha pele”, que compartilhou, com 170 estudantes de seis colégios estaduais, suas experiências pessoais e reflexões sobre racismo, respeito às diferenças e formação de identidade

22/03/2025 11h37
Por: Redação Fonte: Ascom/SEC
Fotos: Luiz Carrera
Fotos: Luiz Carrera

Marcando as ações do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, nesta sexta-feira (21), a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) realizou o 2º encontro do "Nós por Nós: Projeto de Incentivo à Produção Literária do Campo, Indígena e Quilombola no Estado da Bahia", no auditório do Instituto Anísio Teixeira. O evento contou com a apresentação de um Awê, dança tradicional do povo Pataxó, realizada por estudantes do Colégio Estadual Indígena de Coroa Vermelha, localizado em Porto Seguro, e a participação do ator, diretor e escritor, Lázaro Ramos, autor do livro “Na minha pele”, que compartilhou, com 170 estudantes de seis colégios estaduais, suas experiências pessoais e reflexões sobre racismo, respeito às diferenças e formação de identidade.

A secretária da Educação, Rowenna Brito, falou sobre a importância em poder proporcionar momentos de interação e troca de experiências entre estudantes, professores e personalidades. “Nossa luta diária é para que eles possam ocupar os espaços e possam ter mais oportunidades. Trocar experiências com pessoas como Lázaro Ramos, que um dia foi estudante da rede estadual da educação, é inspirador”.

Durante do encontro, Lázaro Ramos compartilhou como foi o processo de criação de seu livro Na minha Pele, que integra o conjunto de obras que serão trabalhadas pelo projeto Nós por Nós. "No começo, eu escrevi um livro muito pretensioso, cheio de lições de moral, como se eu fosse um cientista político, o que eu não sou. Com o tempo, percebi que precisava colocar meu coração nele. Foi quando comecei a falar da minha família, da escola em que estudei, dos meus sonhos e, principalmente, da arte. A arte sempre esteve presente na minha vida, e percebi que ela nos cura. Minha mãe, que trabalhava o dia inteiro e estudava à noite, fazia teatro e era feliz ali. Então eu entendi: eu precisava falar disso também”.

Ao final da palestra, foi aberto um momento de perguntas, no qual professores e estudantes puderam sanar suas dúvidas e curiosidades sobre o autor e o livro. A estudante Euza Maria de São Pedro Neta, 17 anos, aluna do Colégio Estadual do Campo Anna Junqueira Ayres Tourinho, localizado no distrito de Mataripe, em São Francisco do Conde, o presenteou com uma caneca com símbolo de sua escola e falou da importância encontro como forma de inspiração para os jovens da escola pública. "Nossa escola é do campo e abriga estudantes de diversas localidades. Cada pessoa estampada na caneca foi importante para a construção da nossa escola, que é um símbolo de resistência e nos torna únicos. Sempre fui muito fã do trabalho de Lázaro. Minha mãe também sempre admirou ele. Crescer vendo essa representatividade e ter a oportunidade de encontrá-lo foi algo muito especial. É algo que vai ficar para sempre no meu coração”.

 

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