O Colégio Estadual de Tempo Integral de Catu foi oficialmente reconhecido como integrante da Rede de Escolas Associadas (PEA) da UNESCO, conquista que certifica instituições comprometidas com a promoção da paz, do diálogo intercultural, da educação de qualidade e do desenvolvimento sustentável. O reconhecimento é fruto de uma trajetória marcada pela implementação de ações voltadas à educação antirracista, iniciadas em 2015.
Na rede estadual da Bahia, esse trabalho pedagógico acontece durante todo o ano letivo, como parte do currículo e em consonância com as leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. Ações como seminários, palestras, gincanas e atividades culturais fortalecem a identidade dos estudantes e promovem políticas afirmativas. Em Catu, a prática contínua consolidou a escola como referência no tema.
A aprovação pela UNESCO abre novas perspectivas de cooperação internacional para alunos e professores, ampliando horizontes de formação. “Buscamos fortalecer a escola através de ações que potencializam o sentimento de orgulho e pertencimento de toda a comunidade escolar”, afirmou o professor Delmaci Ribeiro. Para estudantes, o impacto se reflete na construção de identidade e consciência crítica.
“Ao longo do meu tempo na escola, eu e meus colegas tivemos diversas oportunidades de construir nossa identidade através dos ensinamentos proporcionados pelo colégio”, destacou Hanna Braga, estudante da 3ª série do Ensino Médio.
Na Bahia, a diversidade cultural e a herança afro-brasileira impulsionam projetos que garantem acesso equitativo e valorização da identidade de estudantes negros e indígenas. Em Catu, essas ações se intensificaram com a criação do Núcleo de Pesquisa e Educação Antirracista (NUPEA), responsável por iniciativas como a produção de um documentário exibido no Chile, durante a Feira Científica Tecnológica Escolar.
Para a estudante Lorena Estrela, ex-integrante do NUPEA, a experiência foi transformadora. “Na 3ª série do Ensino Médio, esta vivência ampliou minha visão de mundo, fortalecendo meu compromisso com a luta antirracista e consolidando meu desejo de seguir na vida acadêmica”, relatou. Hoje, cursando Ciências Biológicas na UNEB, Lorena atua em projetos de pesquisa, extensão e liderança estudantil, reconhecendo no NUPEA o alicerce de sua formação e engajamento social.
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